As potencialidades da comunicação no espaço escolar. Quando o diálogo proporciona o encontro e promove transformação.

Introdução:

Este trabalho propõe discutir as potencialidades da escola pública para compreender e transformar a “realidade concreta” que se impõem sobre educadores e educandos na “zona do não ser”. Entendendo a Escola como uma totalidade composta por diversos, o estudo projeta na comunicação amorosa entre os diferentes atores que a compõe, a possibilidade de construir uma práxis libertadora. Em este caso, com resultados efetivos, tanto para os sujeitos diretamente implicados neste processo, como para as demais pessoas perpassadas pelos signos que esta escola projeta na sociedade.

Objetivo:

O objetivo principal deste estudo é pensar sobre o papel do professor na elaboração de uma educação crítica, comprometida com a justiça social. Entendendo a “afetividade” como a melhor forma de conscientizar os sujeitos políticos que repensarão o mundo, defendo a politização do espaço escolar como parte de sua missão de encontrar “soluções” para os problemas do cotidiano. Por considerar que a estratificação social testifica que “violência estrutural” é um fato, e que este panorama perverso possui mecanismos para auto reproduzir-se (não como uma determinação, mas como uma tendência), projeto sobre o “amor” que se manifesta como diálogo, a possibilidade de se erguer uma sociedade melhor para se viver.

Discussão:

A discussão se sustenta a partir de relevantes autores das diferentes áreas de saber que compreendem as ciências sociais. No entanto, o aporte preponderante será de pensadores como Paulo Freire, Humberto Maturana e Theodor W. Adorno. É importante ter em conta, que o debate proposto neste trabalho estará perpassado pelo enfoque materialista, histórico e dialético, que nos proporciona as obras de Karl Marx e Friedrich Engels e que sua abordagem é crítica e inclinada à ação coletiva dos sujeitos. Portanto, por mais que proponha um espaço democrático, demarcado pela horizontalidade entre humanos que diferem e convergem sobre os mais distintos temas, não me refiro a qualquer dialogo, mas sim a uma interação de partes diversas de um “todo” que se propõem pensar sobre uma nova sociedade.

Conclusão:

Posteriormente à revisão bibliográfica e análise de conjuntura, este estudo compreende a escola como um organismo vivo constituído pela pluralidade dos atores sociais que a enriquecem. O estudo proposto, projeta no diálogo e na empatia entre seus membros a oportunidade de pensar alternativas para as problemáticas sociais que historicamente foram construídas. Entretanto, não se trata de uma abordagem idealizada, enfocada na abstração filosófica do quem projeta sobre o mundo seus anseios, e sim um profundo exercício de conhecimento da realidade concreta, um esforço pessoal e coletivo para extrair do objeto que se pretende pesquisar as informações que possibilitem refletir criticamente sobre o mesmo. A final, é do lugar de seus atores que a comunidade escolar deve desvelar e atuar sobre “mundo”.

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