A sociologia no ensino médio brasileiro. Desafios e contribuições para o enfrentamento da violência estrutural no Brasil.

Introdução:

Este trabalho pretende debater questões institucionais, epistêmicas e pedagógicas que permeiam a sociologia enquanto disciplina do ensino médio brasileiro.  Trata-se de uma oportunidade ímpar de inserir as ciências sociais ao espaço escolar e isto obviamente impõem novas adequações ao conteúdo aprendido e propagado no espaço acadêmico.

Objetivos:

O principal objetivo deste estudo é refletir sobre os desafios e possibilidades das ciências sociais no contexto escolar. Por considerar que a sociologia, política e antropologia possuem atributos que potencializam a observação, reflexão e transformação da “realidade concreta”, este trabalho se propõe a discutir novas estratégias pedagógicas que sejam eficazes para alcançar este novo público alvo.

Metodologia:

Além de uma minuciosa revisão bibliográfica acerca do tema, o estudo proposto se fundamenta em oito entrevistas semiestruturadas realizadas em profundidade com professores e professoras que constroem na prática o currículo mais adequado para fazer com que a sociologia no ensino médio seja eficaz. As entrevistas foram realizadas através de plataforma digitais, mais precisamente pelo software de vídeo chamadas denominado de ZOOM.

Discussão:

A discussão ocorre a partir dos aportes dos entrevistados, como dito anteriormente profissionais da educação implicados diretamente no processo de construção da sociologia como disciplina no ensino médio. Os relatos demonstram como a readequação do conhecimento absorvido durante a graduação e pós-graduação do professorado se converte em novas práticas pedagógicas contextualizadas com a realidade concreta.

Resultados:

Os resultados desta investigação demonstram como a aplicabilidade das ciências sociais carece de uma maior contextualização ao “universo simbólico” de alunos e alunas entre quinze e dezessete anos (em geral a média de idade do alunado do ensino médio). Entretanto, é na materialidade histórica e dialética que consiste a maior fortaleza dos profissionais na hora de propor pautas que dialoguem com o contexto social ao qual estão inseridos os estudantes.

Conclusão:

Todo este processo formativo de professores e professoras que aprendem ao ensinar, e alunos e alunas que ensinam ao aprender, faz com que a sociologia desperte em seu movimento real para performar-se enquanto disciplina no ensino médio, em algo interessante de quem espera respostas para seus dilemas cotidianos. Ao ser experimentada e pensada desde os desafios impostos pela “realidade concreta”, a disciplina se estabelece como um estudo vivido do “mundo social”, uma totalidade extremamente complexa onde habita a diferentes seres humanos que pretendem compreender sua posição no mundo ao qual estão inseridos. É neste contato com mundo material que reside a maior a riqueza desta nova disciplina.

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